domingo, 23 de novembro de 2014

Cruzando os dedos

Observar as diferentes reações que um ser humano pode ter ao se deparar com certos obstáculos é, no mínimo, curioso. A fronteira que define o modo de uma pessoa se comportar em relação a isso é suave, porém, notável.
Ao iniciar um relacionamento, o otimista se aproxima de quem despertou seu interesse, enquanto o pessimista evita o primeiro passo já imaginando a rejeição. As diferenças não acabam neste cenário, várias situações levam as pessoas a demonstrarem otimismo ou pessimismo. De um lado, há desprendimento, alegria, do outro surge tendência à melancolia, egoísmo, muitas vezes camuflado em falsa convicção.
Os fatores que influenciam uma pessoa a se posicionar de forma otimista ou não, são muitos. Acredita-se que um deles seja o ponto de vista individual, o que é perceptível para alguém, normalmente não é para outra pessoa e vice-versa. Como dois irmãos criados na mesma família que, em algum momento da jornada, um deles decide ver o mundo de forma possível, e o outro começa a encarar a vida com enorme descrença e impossibilidades.
Como yan e yang, ocorre com otimismo e pessimismo. Houve e haverá otimistas natos e pessimistas também. No entanto, a energia positiva sempre será mais aprazível e de maiores conquistas que, como exemplo contrário, não se conquistará vertentes novas com o olhar gris e pessimista.

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O simples ato de cruzar os dedos pode remeter ao desejo de convergir com a sorte, mas está muito além disso. Esse gesto resume toda a energia que a pessoa emprega naquilo que acredita, representa o otimismo que ela sempre demonstrou ao enfrentar as dificuldades que fora posta à prova. Acreditar que é possível dá a força necessária para seguir, porém, entender os riscos nos faz ter cautela. Esse equilíbrio é imprescindível, e eu continuo cruzando os dedos.

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